“O medo do tempo que passa nos faz falar do tempo que faz.’’
O que é que a gente faz com o (nosso) tempo?
O que ando fazendo esse tempo todo longe de você?
Tenho tentado buscar algumas respostas em poesias, olhares,
músicas novas, mesas de bares, companhias da madrugada.
E tudo parece se encaixar na medida em que o tempo vai
correndo tranquilo por mim.
Na busca pelo sossego, a gente vai encontrando outros
desassossegos.
As vezes eu nem percebo a ausência,
estou tão bem agora
que até comecei acreditar que é melhor assim.
Amor demais transtorna a vida das pessoas
elas não conseguem entender o ''muito'' dessa palavra.
Nessas noites que eu passo a vagar pela cidade
com a cabeça tonta
abraçando gente,
eu me encontro poeta
eu me encontro distraída
eu me encontro estranhamente feliz no dia seguinte
Dando o muito que eu tenho
pros desassossegados
pros desmedidos
Ando encontrando gente nessas madrugadas,
que não tem pena de amar.
E essa gente toda são os chamados loucos vadios
bêbados,
boêmios.
Chamem do que quiser,
eu me encontro nesse tempo.
Da eterna loucura desvairada de amor marginal, verso e poesia.
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