quarta-feira, 26 de março de 2014

Tempo amoroso das madrugadas

“O medo do tempo que passa nos faz falar do tempo que faz.’’

O que é que a gente faz com o (nosso) tempo?
O que ando fazendo esse tempo todo longe de você?

Tenho tentado buscar algumas respostas em poesias, olhares, músicas novas, mesas de bares, companhias da madrugada.
E tudo parece se encaixar na medida em que o tempo vai correndo tranquilo por mim.
Na busca pelo sossego, a gente vai encontrando outros desassossegos.


As vezes eu nem percebo a ausência,
estou tão bem agora
que até comecei acreditar que é melhor assim.

Amor demais transtorna a vida das pessoas
elas não conseguem entender  o ''muito'' dessa palavra.

Nessas noites que eu passo a vagar pela cidade 
com a cabeça tonta
abraçando gente,

eu me encontro poeta
eu me encontro distraída
eu me encontro estranhamente feliz no dia seguinte

Dando o muito que eu tenho 
pros desassossegados
pros desmedidos

Ando encontrando gente nessas madrugadas,
que não tem pena de amar.

E essa gente toda são os chamados loucos vadios
bêbados, 
boêmios.

Chamem do que quiser,
eu me encontro nesse tempo.
Da eterna loucura desvairada de amor marginal, verso e poesia. 



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