Nas manhãs chuvosas de Outubro, a saudade aperta.
No calor do dia que passa, as lembranças parecem ser eternas.
Ando bem distraída por sinal, para que a saudade não me pegue desprevenida e venha me derrubar.
Mas nas manhãs de chuva, é impossível que eu não lembre dela.
A cabeça deve se manter sempre ocupada, por que o coração não teima em bater.
E para que meu amor de outros ares não desconfie do tamanho de minha saudade, fingo que não sinto.
Quando na verdade, fingir é o que eu menos sei fazer.
Esses são os tempos desassossegados das terras litorâneas.
É uma briga constante para se manter distraída e o coração leve.
Escrevo cartas que não serão entregues.
Procuro sorrisos em outros rostos.
Me distraído no dia a dia, com a maresia do mar do Mucuripe.
Tudo isso pelo simples motivo de não querer mais sentir saudades de você.
"E para que meu amor de outros ares não desconfie do tamanho de minha saudade, fingo que não sinto.
ResponderExcluirQuando na verdade, fingir é o que eu menos sei fazer."