quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Sobre a saudade em dia chuvoso.

Nas manhãs chuvosas de Outubro, a saudade aperta.
No calor do dia que passa, as lembranças parecem ser eternas.

Ando bem distraída por sinal, para que a saudade não me pegue desprevenida e venha me derrubar.
Mas nas manhãs de chuva, é impossível que eu não lembre dela.

A cabeça deve se manter sempre ocupada, por que o coração não teima em bater.
E para que meu amor de outros ares não desconfie do tamanho de minha saudade, fingo que não sinto.
Quando na verdade, fingir é o que eu menos sei fazer.

Esses são os tempos desassossegados das terras litorâneas.
É uma briga constante para se manter distraída e o coração leve.

Escrevo cartas que não serão entregues.
Procuro sorrisos em outros rostos.
Me distraído no dia a dia, com a maresia do mar do Mucuripe.
Tudo isso pelo simples motivo de não querer mais sentir saudades de você.


Um comentário:

  1. "E para que meu amor de outros ares não desconfie do tamanho de minha saudade, fingo que não sinto.
    Quando na verdade, fingir é o que eu menos sei fazer."

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