quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Grilos

ao som de Erasmo Carlos, 

''Sei que o pesa muito quilos,
não me leve a mal se eu lhe pedi para cortar
os grilos, cortar os grilos, guardar os grilos...''


Uma semana de lua cheia no céu, semana dos reencontros, das confusões emocionais e da 'toda pirada maravilha' de cada mês. Noites atordoadas de sonhos que se repetem constantemente. 
Dias reflexivos e angustiados, de choro à luz da lua e de risadas disfarçadas em mesas de bar. Conversas de olhar baixo, buscando curar as almas cansadas.
Horas monótonas.
Dias infelizes. 
Abraços de saudade e olhares perturbadores de quem ainda tem muito amor pra dar.
Pessoas querendo entrar em nossas vidas de mansinho, tentando conquistar espaços...

Mas aquela velha vontade de fugir disso tudo.
Sem grilos.
Sem ter o compromisso com o destino.

Apenas fugir para imensidão daquilo que eu não digo.
dos meus desassossegos
das minhas vontades tremendas.

Amanhã, 
me convenço de que tenho que cortar os grilos
para que as conversas não sejam mais angustiantes 
para que os olhares traduzam só o desejo
e para que continue espalhando meus amores por ai. (:






quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Sobre estar aqui - 3

A pressa da cidade 
e a efemeridade dos sentimentos 
deixa o coração da menina moça inquieto.

O corre corre cotidiano misturado com a distância dos caminhos,
fazem com a vida fique quase sempre d o l o r o s a.
Ou melhor, feita de espasmos de felicidade e tristeza.

O aconchego para uma vida cheia de fumaça e carros bloqueando alegrias
são os olhares, abraços, carinhos, mensagens de amor compartilhadas 
no decorrer do dia.

É o que chamamos de amor
É o que eu chamo de amor

E a vida vai seguindo seu curso normal
os caminhos de reencontram
desencontram
na urgência de amar dia dia, cada minuto, segundos e as horas...

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Só mais um desassossego

Vários papéis riscados com os planos pro ano que há de vir.
Estudos, casa, mudança, óculos novo, viagens...
Ela nunca se preocupou tanto com o futuro como agora.

Será a idade?
O Amor?
A pressa, correria do tempo?

Uma angústia por dentro. 
Mas ao mesmo tempo, um sentimento de li-ber-da-de.

Amassa os papéis, joga fora.
Planos escritos em papéis quase sempre ficam lá mesmo.

Ela prefere a liberdade dos desencontros,
a paixão, os acasos, as sortes jogadas por aí.

É só mais um ano cheio de desassossegos futuros.  

domingo, 10 de novembro de 2013

Minas das alegrias Gerais

Como o inicio de uma paixão, a vontade infinita é de estar perto.
Perto o suficiente pra gente nunca mais ter que sentir saudade.

Vai uma vez,
não quer voltar para casa jamais.
Terra dos sonhos
mundo encantado.
Vai pela segunda vez,
outros olhares
outras companhias.
Uma hora verão
outra inverno.

É como um amor antigo que você não tira do peito.

Depois das despedidas, fica a saudade e as lembranças doces.
Congela alguns sentimentos, abri mão de alguns sonhos.
E o amor antigo se torna maduro o suficiente pra não ser mais só encanto.
É amor mineiro.
Amor com gosto de risadas, nostalgias e imaginação.

Minas de montanhas verdes
Sonhos que brotam de ladeiras
Amor quietinho
calado e aconchegante. (:

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

O desassossego do chamado desapego

Muda o número do celular.
Muda o gosto musical.
Larga os vícios de outrora.

Volte a dormir e sonhar com outros tons.

Talvez chore algumas vezes no colo de alguma amiga.
Talvez queira pegar um avião.
Finja pro seu coração que está com raiva.

Daqui a pouco é só lembrança.

Na poesia do tempo que passa,
todo dia a dor diminui um pouco mais.
No desassossego, a gente se acostuma com esse não querer.

E daqui a pouco,
o que sobra são os desencontros de outros encantos.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O vento traz , a onda leva.

O mar levou alguma coisa que já tinha se perdido no caminho.
Levando esperanças e deixando sorrisos de uma nova vida.

Andar acompanhando a trilha do vento, talvez possa ser um pouco arriscado.
Ficam lembranças e angústias no coração.

Passos que encontram um caminho a seguir depois de tanto desacordo com as pedras no caminho.
Seguir com o coração leve e vários sorrisos coloridos no rosto é o que a menina espera, depois de tanto penar.

Cheia de tudo,
andando e percebendo as cores de sua cidade litorânea. 



quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Sobre a saudade em dia chuvoso.

Nas manhãs chuvosas de Outubro, a saudade aperta.
No calor do dia que passa, as lembranças parecem ser eternas.

Ando bem distraída por sinal, para que a saudade não me pegue desprevenida e venha me derrubar.
Mas nas manhãs de chuva, é impossível que eu não lembre dela.

A cabeça deve se manter sempre ocupada, por que o coração não teima em bater.
E para que meu amor de outros ares não desconfie do tamanho de minha saudade, fingo que não sinto.
Quando na verdade, fingir é o que eu menos sei fazer.

Esses são os tempos desassossegados das terras litorâneas.
É uma briga constante para se manter distraída e o coração leve.

Escrevo cartas que não serão entregues.
Procuro sorrisos em outros rostos.
Me distraído no dia a dia, com a maresia do mar do Mucuripe.
Tudo isso pelo simples motivo de não querer mais sentir saudades de você.


segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Poesia para o tempo que passa

A pressa do relógio acelera o coração.
devagar vai caminhando.
Aulas intermináveis onde as horas correm lentas.

Confusão de pensamentos.
muitas vozes.
O tempo correndo entre minhas pálpebras.
aperto forte no coração.

Saudade do tempo que passa
Saudade do tempo que há de vir.

Prevendo o futuro em noites de sono atordoadas
Pressão pulsante no olhar.
É necessário passos mais longos, precisos e cheios de certeza para tentar acalmar o coração.

Seguindo com poesia pra acompanhar o tempo que passa.
Fazendo das horas um refugio para os corações sedentos por certezas.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Outubro com poesia.

-

Finalmente saiu um projeto antigo da minha vida. 
Nessa tarde cheia de calor de Outubro, vou lendo antigas cartas, contos e poemas que fiz e que postarei aqui como uma maneira de não esquecer tudo aquilo que já foi sentindo por mim e pelas pessoas nas quais compartilho minha vida e sentimentos. (:


Ao som de Norah Jones, vou colorindo minha tarde fugindo da rotina...

http://www.youtube.com/watch?v=jzisAdy8QcA

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Amor que sufoca

Amor que sufoca
sufoco, estouro
choro e reza.

O tempo que corre devagar 
a pressa que anda dispersa e me puxa pelos cabelos me fazendo sufocar ainda mais.

De tantas inconstâncias da vida, o meu amor de tão sufocado, estourou em meu peito ardente, apressado e desesperado.

Guardado dentro de cartas relidas: carinho, pressa e esperança.

No estouro, o amor reapareceu no mesmo sufoco de palavras não ditas e malditas.

O olhar cansaço da moça em desespero
O coração palpitando a cada segundo mais rápido
e uma esperança que a gente não sabe de onde vem.

Menina, se acalma, que sufoco nunca foi bom pra ninguém.
Olhar pro mar e ver que o que há de mais bonito tá no silêncio das coisas não ditas.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Noites de Junho

Sentada na cadeira de balanço, pés esticados para frente, quase não consigo respirar.
Tive que sair da cama, do quarto, de casa para poder pensar.
Cansada dessa vida.
Tem um cigarro amassado na bolsa e não pode fuma-lo.
Um livro de Wirginia Woolf em cima do colo e não consegue lê-lo.  Há alguns meses que tento ler, mas não consigo. Sinto-me incapaz. Queria tanto ler, mas acho que ele não quer se lido por mim, talvez devesse passa lo a outras mãos.
Final de noite, que dia melancólico doloroso e cruel.
Quase não consigo reagir.
Lá dentro tudo parece calmo e rotineiro, aqui fora estou dentro de um desassossego intenso.
Lágrimas caem no rosto da menina sonhadora.
Esperava da vida um pouco mais de sorte do que tenho tido.
Do jeito que está talvez nada vá dá pé.
Confusa nos sentimentos, nas decisões, no modo como anda levando a vida.
Gostaria de receber uma mensagem de boa noite, talvez um beijo das estrelas ou um abraço de formiga. Mas se senti sozinha, olha pros lados e só ver o vazio.

Seu desejo era o silêncio ou só queria ouvir a voz do vento, das plantas e do céu, mas hoje a vida é breve e curta, parece que não existe tempo pra leveza das almas. ~~

domingo, 10 de março de 2013

EIV 2013

Borboletas e passarinhos, eles são meus amigos quase que confidentes. Um canta pra mim toda manhã e a outra voa ao meu redor, destilando seu charme e simpatia de borboleta.
Gosto dos dois.
Queria ser borboleta de manhã e pássaro no fim de tarde.
Cheirar as flores e contemplar a beleza do por do sol lá do alto.
Borboletas e pássaros são assim: calmos, coloridos e cheirosos, cheiram a flor do campo. (: 

escrito na minha vivência do estágio inter disciplinar, no assentamento do MAB.
saudade do cheiro do campo cearense.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O silêncio do vigia

Escrito para um moça que mora nos meus sonhos e no coração.

Os carros quase não passavam pela rua escura e larga onde ela morava. A casa colorida feito um arco-íris contrastava com a ausência de cores que a rua parecia desconhecer.
As noites em que ela passava falando comigo ao telefone era iluminada pela lua de dezembro e silenciosas, como se tudo ao redor quisessem ouvir nossas conversas apaixonadas, risos infantis e sentimentos profundos de quem não sabe por onde esse amor está levando.
Sofá, colchão, almofadas, céu, estrelas, cigarros, lençóis, o chão e o alarme fazem parte do cenário dessa história construída por duas mulheres jovens e de corações apaixonados.
Não sei bem qual foi o momento em que entendi a minha necessidade em escuta-la todas as noites antes de dormir. Para os dias ansiosos de dezembro, o melhor refúgio era nas risadas vivas e na voz dengosa da mulher imaginada e amada por mim.
Até hoje consigo lembrar o timbre da sua voz cheia de gírias e de um sotaque forte que parecia querer saltar pra fora da linha telefônica.
E assim, ficávamos horas a conversar, a nos amar, a imaginar as duas juntas como se nada mais valesse a pena nesse mundo há não ser nossa vontade do infinito.
Enquanto a conversa fluía, eu escutava o barulho da sua casa, que sempre imaginava no pensamento, e ouvia o barulho da rua distante.
O som vinha bem lá de fora, o toque de um alarme, daqueles de seguranças de rua que ficam vigiando as casas alheias enquanto dormimos despreocupados. Todas as noites, eu escutava os ruídos que repetidas vezes alarmava e eu começava a imaginar histórias sobre o tal vigia da rua.
Escutava e sentia o som. Ficava comigo pensando e construindo como seria esse homem, que julgava ser um moço velho, que passava todas as noites fazendo o mesmo percurso, cansado dos percalços dessa vida. E o som do alarme me fazia lembrar essas noites em que não podia está ao lado dela.
Todo telefonema era igual, falávamos da saudade e eu escutava o barulho do vigia, ele começou a ser quase um conhecido meu e a participar das nossas conversas noturnas.
Por entres conversas ansiosas, apaixonadas e esperançosas decidi que era preciso percorrer alguns quilômetros, se jogar distante e sair sozinha pelos caminhos que me levariam a até ela.
Numa sexta, quase véspera natalina encontrei uma mulher sentada num ponto de ônibus vazio a minha espera. Meus olhos descobriram que era essa, a mesma mulher que coloria as minhas noites semanais. Enfim... Quase não consigo descrever a alegria te tê-la por perto.
Nessa embriaguez de acontecimentos, parei pra olhar o cenário dos nossos encontros noturnos. Eu vi a rua que já imaginava ser escura, eu vi o céu cheio de estrelas e que de lá parece está mais próximo da gente. Eu vi a lua, que ela via quando olhávamos juntas. Olhei a cama e as paredes coloridas, e os cigarros e as fotos e os isqueiros, e os incensos tudo isso que hoje me faz lembrar ela.
Céu estrelado e corações cheios de amor numa noite que se perdeu junto à madrugada, eu beijava seu lábios em vez de escuta-los. Olhos que se encontravam mãos que se entrelaçavam línguas que não precisavam falar.
Esperávamos que o mundo acabasse, e pouco importaria.
No meio de tantos beijos, carinhos, sorrisos e desejos, o relógio ainda trabalhava, fazendo passar as horas. Mas o que não passava era a vontade de tê-la comigo até o amanhecer do dia sem pensar em quase nada.
O quarto se tornou um caleidoscópio, cheios de cores e sentimentos. Enquanto o tempo parava dentro dele, lá fora passava o meu conhecido vigia que continuava a alarmar pela rua, mas que dessa vez me fez chorar de rir quando lembrei que agora estava junto a ela.
Ele veio buzinou e foi embora...
Veio só pra me avisar que a noite é curta, mas que o tempo é longo e que é preciso coragem para amar a longas distâncias, pois a vida é breve e o vento brinca com o vai e vem de amores.

paredes coloridas do cenário dos nossos sonhos...